sábado, 9 de agosto de 2008

Mais pesado que o ar!

Não sabemos se existe um limite até chegarmos lá,
Ninguém mais vai se importar
Se nada nunca mais brotar....

Árvores de lixo frutificando urubus.
Por Deus, quando será que esta cena vai mudar?
Quem vai varrer o chão?

Me diz quem vai sorrir quando a terra se rebelar?
Mais e cada dia mais feroz....
Contra seu querido humano algoz.

Tomaremos as asas da destruição
sentaremos sozinhos de frente ao lixão.
Fugiremos em algum urubu veloz!

Areial.

Por entre as pegadas pisadas na areia...
Correr Livre !
Escorrer a areia fina por entre os dedos...
Como os minutos que se esvaem...
Como se fossem eternos!
Como se não fosse real...
Contando cada grão de saudade deste areial!


Por entre as farpas!

A vida nos obriga a mostrar e exibir o que temos de pior.
Pior humor, pior senso de justiça, pior caráter...
Existe alguma forma que não seja suicida de atravessar a cerca?
De ver por entre as farpas, as flores as cores e as dores reais?

Quero sentir o risco de ser ridículo por ser frágil demais
Como a íris azul de um olhar meigo.
Sem sentir o medo da pele cortada pelo arame da crítica feroz...
Da disputa desleal por espaço , poder e sucesso...

Poderia a começar por mim abaixar as armas?
E apenas olhar para o meu irmão sem ver um inimigo.
Olhar como um bom desafio, um coração mortal como o meu...
Carente como o meu protegido por minas, hávido por ser amado!